Quinteto Armorial (1978)

Faixas:
1. Baque de Luanda (Antonio José Madureira) 00:00
2. Romance da Nau Catarineta (Recriação de temas de Chegança - por Antonio José Madureira) 03:56
3. Toque dos Caboclinhos (Tradiconal) 07:42 
4. Entremeio para Rabeca e Percussão (Antônio Carlos Nóbrega) 10:37
I - Cortejo
II - Baiano
III - Boi 
5. Ária (Cantilenas de Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos - Transcrição de Antonio José Madureira) 17:30 
6. Toque para Marimbau e Orquestra (Antonio José Madureira) 21:59 
(Orquestra Romançal Brasileira - Regência: Antonio José Madureira | Solista do Marimbau: Antúlio Madureira).

Texto do compositor sobre o Toque para Marimbau e Orquestra

A partir de três temas executados por Severino Batista, tocador de berimbau de lata, registrados por mim no disco "Instrumentos Populares do Nordeste" (Discos Marcus Pereira) é que resolvi escrever o "Toque para Marimbau e Orquestra", isto é, criar um diálogo entre o marimbau e uma orquestra, orquestra esta com uma estrutura diferente das orquestras de câmara ou sinfônicas europeias e tendo como núcleo o Quinteto Armorial.
"Toque" é uma palavra que entre o povo do Nordeste significa execução de música por grupos instrumentais ou por instrumentos isolados.
Os movimentos do "Toque" são os seguintes:

I - "Galope à Beira-mar" - forma clássica de poesia improvisada dos cantadores nordestinos;
II - "Bendito de Romeiros" - música de caráter religioso, entoada por aqueles que vão em romaria quando das peregrinações a Juazeiro do Norte nas Festas dedicadas ao Padre Cícero Romão;
III - "Marcha Rural" - ritmo acelerado ou "baque solto" executado pelos maracatus rurais, grupos que desfilam durante o Carnaval de Pernambuco e assim chamados por serem provenientes de comunidades rurais fixadas no Recife.

O "Toque para Marimbau e Orquestra" é dedicado ao músico popular Severino Batista, uma das pessoas com quem venho aprendendo uma linguagem musical brasileira.

Antonio José Madureira