quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
CarnisValles- Antúlio Madureira
CarnisValles
Que
história é essa?
É uma longa história. Mas,
como tudo no mundo tem começo, meio e fim... Essa tem suas origens na mitologia
grega. Assim, conta-se que no princípio só existia Ouranos, o Céu e Gaia, a Terra.
Eles viviam no maior amor celestial. Porém, uma das características das
primeiras divindades mitológicas é um brutal egoísmo e uma grande crueldade.
Ouranos, ou Urano, criou do nada, uma aversão aos filhos e resolveu trancá-los
em um abismo. Eles, por sua vez, não gostaram nem um pouco disso, e um dos filhos
resolveu se revoltar, dizendo aos irmãos que iria libertá-los. Esse era Cronos
(Saturno), o Tempo. Um dia ele esperou seu pai vir transar com a sua mãe e
disfarçadamente (a 1ª fantasia), com uma foice castrou o pai, que foi embora
deixando apenas um rastro de estrelas. Cronos assumiu o poder tendo que
conviver com uma profecia que dizia que um dia um de seus filhos também iria destroná-lo.
Sabendo disso, ele resolveu engolir todos os filhos que nasciam (ainda hoje o
tempo nos engole...). Porém, sua esposa não deixou mais isso acontecer e criou
um plano para que o próximo filho pudesse respirar livremente. Quando o filho
nasceu ela entregou uma pedra enrolada numa fralda dizendo que aquele seria o
seu último filho e iria chamá-lo de Zeus (Júpiter). Zeus cresceu sem o pai
saber e resolveu destroná-lo também. Certo dia, com a ajuda da deusa Métis, ou
a Prudência, ele conseguiu que o pai ficasse bêbado e vomitasse os irmãos que
estavam em seu interior. Primeiro ele vomitou a pedra que caiu no Lácio, Itália,
e em seguida os seus irmãos. Com eles conseguiu, finalmente, destronar o pai e
assumir o poder, criando assim o Olimpo. O pai, coitado, foi expulso e
condenado a viver entre os mortais, também no Lácio. Com os mortais ele conseguiu
construir seu reinado. Cronos era um deus, e o deus do tempo. Por isso, tudo
dava certo, era tudo dentro do tempo certo. Criando, assim, uma idade de ouro,
onde todos eram iguais, ninguém possuía nada de próprio, todas as coisas eram
comuns a todos. Assim, o tempo foi passando, passando... E a vida se
transformando. Era para relembrar esses tempos felizes que se celebravam em
Roma as Saturnais ou Saturnálias, festas que representavam a igualdade entre os
homens e a fertilidade da natureza. Chegamos, então, a Roma e seu império. O
Império Romano dominava e nascia o Cristianismo, oficializado e incorporado à
essência das culturas pagãs. Na Idade Média a Igreja Católica Apostólica Romana
implantou a tradição da Semana Santa que tem seu início no Domingo de Ramos e
seu término no Domingo de Páscoa. Precedida de um período de 40 dias de
privações e abstinências, a chamada Quaresma, onde não se pode comer carne, de
jeito nenhum, durante este tempo sagrado e iniciando-se na Quarta-Feira de Cinzas.
O dia que precede este período de penitências ficou sendo chamado CarnisValles em
latim e Carnaval em português. Porém, a etimologia da palavra varia um pouco,
associando-se a ideia de festa dos prazeres da carne, como também a ideia de
levar embora a carne, ou seja, carne vale (supressão da carne ou adeus, carne!).
Sem deixar de mencionar outra possibilidade de associação que seria a de carrus
navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Por
fim, ficou determinado que a data do Carnaval fosse móvel, com base na data também
móvel da Páscoa. Esta festa de origem judaica (Pessach, passagem em hebraico) é
determinada sempre pelo primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera
no hemisfério norte. A partir daí retroagem-se 46 dias correspondentes à
Quaresma e encontra-se a data da Quarta-Feira de Cinzas. O dia anterior, ou os
3, 4... Dias anteriores correspondem ao Carnaval. De acordo com a tradição,
brinque o Carnaval, mas não brinque com o Carnaval!
Anthero Madureira
Quarta-feira, 11.12.13
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
"O Bloco dá Saudade, Mesmo!"
É
inesquecível. O Bloco da Saudade, dá saudade, mesmo! Estávamos lá, sim. Eu, Antúlio,
Zoca, André, Ana, Anselmo, Edinho, Sevy, Varella, Egildo, Ari...Uma turma da "bixiga". Tão jovens, e
uma grande responsabilidade. Nunca poderíamos imaginar que estivéssemos
iniciando, ali, uma Revolução Cultural, pela via popular. Enquanto que o
Quinteto Armorial (1º disco 1974: Zoca, Egildo, Antônio Carlos, Fernando e Edílson) e o Movimento Armorial, iniciavam pela via erudita. Eu só contava 14 anos
de idade e já podia sentir, naquele momento, o que Edgard Moraes sentia
ao ver e ouvir lembranças de uma época que ele viveu e queria vê-la
novamente em seu coração: "Velhos tempos de criança, recordo tristemente
sempre a chorar. Hoje somente a lembrança de tudo que se foi pra nunca
mais voltar..." Mas voltou. E estará sempre, sempre, em nossos
corações..."E o Bloco da Saudade assim recorda tudo o que passou." Ah! Na foto eu estou de boné com o violão. E ao meu lado direito estão meus irmãos Antonio (Zoca) no cavaquinho e Anselmo, e ao meu lado esquerdo estão Ana e Edinho, também meus irmãos.
Antero Madureira
sábado, 15 de fevereiro de 2014
É bem curioso como a história se escreve. Nosso silêncio pode deixar espaço para a imaginação e os erros. Outro dia eu escutava uma discussão calorosa na Rádio Universitária, num programa sobre Carnaval. É uma tolice, mas ilustra bem o que digo. Falavam sobre a origem do flabelo do Bloco da Saudade, aquele abre-alas que carregam na frente do bloco e que é uma máscara. Surgiu cada história, o nome de tanta gente. A verdade é que Zoca Madureira, um dos fundadores do bloco, me pediu que eu criasse o tal flabelo. Eu imaginei uma máscara, desenhei-a, e pedi a Galega, irmã de Antonio Carlos Nóbrega, que executasse. Ela fez a encomenda e nesse ano eu mesmo carreguei o flabelo, um tanto bêbado, no bairro de Afogados.
Ronaldo Correira de Brito
domingo, 9 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
MPB 4 - Amigo é Pra Essas Coisas - Aldir Blanc/Sílvio da Silva Jr.
MPB-4
Um dos grupos vocais mais duradouros da música brasileira. Seus integrantes começaram a cantar juntos no Rio de Janeiro em 1962, inicialmente como trio: Ruy, Aquiles e Miltinho, ainda sem o tecladista e arranjador Magro. As primeiras apresentações foram nos CPCs (Centros Populares de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes), e depois da entrada de Magro ficaram conhecidos como Quarteto do CPC. O nome MPB-4 veio em 1964, por sugestão do jornalista Sérgio Porto. No mesmo ano gravaram o primeiro compacto, com a música "Samba Bem" (Luiz José). No ano seguinte, apresentaram-se em São Paulo com o Quarteto em Cy na boate Le Club, e um pouco mais tarde conheceram Chico Buarque. Ainda com o Quarteto em Cy, e mais Rosinha de Valença e Oscar Castro Neves, fizeram, no Rio de Janeiro, em 1965, o espetáculo "Contraponto" na boate Zum Zum. Pouco tempo depois participaram do famoso espetáculo "O Samba Pede Passagem", cantando ao lado de Baden Powell, Aracy de Almeida, e Ismael Silva. Participaram ainda de outros espetáculos que movimentavam a cena cultural carioca e paulista na segunda metade da década de 60, e gravaram o LP "MPB-4" em 1966. No mesmo ano participaram do II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com "Canção de Não Cantar", de Sergio Bittencourt. Na edição de 1967 do mesmo festival, fizeram muito sucesso defendendo "Gabriela" (Maranhão) e "Roda Viva" (Chico Buarque). Foram os primeiros a gravar Aldir Blanc, com a música "Amigo É pra Essas Coisas" (com Silvio da Silva Jr.), em 1970. A ligação do MPB-4 com Chico Buarque foi, desde o início, muito próxima. O quarteto gravou diversas músicas de sucesso, como "Ela Desatinou", "Benvinda" e "Partido Alto". Nas décadas de 70 e 80 seguiram gravando compositores brasileiros, principalmente sambas, e gravando LPs com freqüência. Nos anos 90 seguiram em plena atividade, caracterizando-se pela fidelidade ao repertório brasileiro de qualidade, com arranjos e produções bem cuidados. Excursionam regularmente por cidades no Brasil e pelo exterior.
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